Afinal, o problema todo está em tentar ser "pessoa", acho realmente que esta é a minha grave doença, e talvez aquela a que eu me esteja a condenar… Não é, provavelmente, por mero acaso histórico que a palavra pessoa, na sua acepção de origem, designa uma máscara. Pois, eu sinto que me coloco por trás de uma máscara, inconscientemente por mim criada, que pretende provar a mim mesma que eu posso ser o que eu penso que os outros esperam de mim… Mas eu não preciso disto para viver, aliás eu preciso é de largar isto para conseguir viver de verdade!
Desta forma poderei ser única, não ser mais um modelo social ou cultural, não ser associada a um grupo ou a um tipo, não ter um género que me defina… passarei a ser vista como sendo simplesmente "eu", indefinidamente "eu"!