quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Redescobrir-me


Curso terminado, ainda que não oficialmente, significa tempo de me redescobrir.

Já não sei muito bem qual o meu papel... Até aqui fui estudante de enfermagem, "menina enfermeira", "a aluna", até aqui deixei-me ser aquilo que o curso que escolhi definiu que eu fosse.... E agora, quem sou eu verdadeiramente?

https://nirvanaamjad.files.wordpress.com/2015/02/who-am-i.png

Como é que eu sou? Como é que os outros me vêem?

É "baralhoconfuso", mas ao mesmo tempo é tão bom o tempo para me redescobrir :)

Melhor ainda foram e são os "pequenos" sincronismos da vida, que me levaram a conhecer pessoas que, mesmo sem que o saibam, me têm ajudado a saber quem sou e a gostar muito de o ser!

Esta possibilidade de nascer outra vez é uma dádiva, e sinto que estou num dos melhores períodos da minha vida!


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Quase a regressar...



Decidi manter-me ausente do "Clave de Sol" durante todo o período de estágio...

Senti saudades de escrever, de partilhar coisas convosco...

E agora, estou prestes a regressar :)



domingo, 19 de julho de 2015

Ser finalista... Quase licenciada... Quase enfermeira...


Este foi O fim-de-semana!

Houve festa, houve alegria, houve lágrimas e acima de tudo imenso orgulho!

Os momentos que vivi foram mágicos, e daqueles que temos a certeza que ficam tatuados na memória e no coração ^^

Ainda não posso celebrar como sendo o dito fim propriamente dito, adiei um estágio e por isso só lá para o fim do ano posso dizer que acabei com todas as letras. 

Ainda assim, é tão bom celebrar a caminhada de 4 anos, colher os frutos semeados, ver os sorrisos dos amigos que chegam ao fim (que orgulho que é vê-los chegar a este momento), e ter a oportunidade de partilhar com a família e de lhes agradecer sem palavras a presença constante, a força na luta, o apoio, o amor incondicional!

Foram dias de verdadeira emoção, como acontece sempre que dizemos até já... 


"E se uma lágrima te cair ao ver chegar o fim, 
toma cuidado, muito cuidado que a saudade começa assim"!





quarta-feira, 15 de julho de 2015

Suporte para o telemóvel DIM

A minha irmã é uma verdadeira criativa e tem um jeito ginorme para trabalhos manuais, sejam eles de que tipo forem.

Inspirada por ela, decidi tentar fazer qualquer coisinha também.
Neste momento ando insatisfeita por não ter mais onde colocar decoração no quarto então tudo o que lá ponho começa a ter de ser mais útil do que decorativo.


Foi assim que decidi fazer o meu próprio suporte para o telemóvel.

Mão há obra e voilà!



Did It Myself *.*

O que acham? Que tal ficou?


terça-feira, 7 de julho de 2015

Deus não castiga


- Sabes explicar porque é que Deus deixaria alguém causar tanta dor e sofrimento e ficaria impávido sem intervir? Ele deu-lhe os dons que lhe permitiram acumular tanto poder. Porque é que Deus não revoga os dons, no mínimo? Faria sentido. Não fazer nada não me faz sentido nenhum a mim. Digo isto com todo o respeito pelo vosso Deus, mas os atos dEle não me parecem dignos de uma divindade afetuosa.

- Deus não revoga os dons que concedeu a qualquer um de nós, porque nos ama incondicionalmente e cumpre sempre a palavra dada, mesmo quando nós não cumprimos e a traímos.
E não aparece para salvar o dia porque nos ama a ponto de nos deixar ter livre-arbítrio sempre.
Tem filhos?


- Sim, duas filhas, com nove e onze anos.


- E se nunca as deixasse fazer disparates? Melhor ainda, se as deixasse erra mesmo, mas aparecesse e as livrasse de quaisquer consequências?

- Estaria a criar duas fedelhas mimadas.

- Que tipo de pessoas lhe parece que elas seriam quando fossem crescidas?

- Egoístas e irresponsáveis. Se chegassem a ser crescidas.

- Exato! Como é que aprendemos, crescemos e evoluímos se Deus nos salvar das más decisões, se parar de nos deixar tomar as nossas próprias decisões, boas ou más?

Adaptado de Redimida, de P.C. Cast e Kristin Cast


segunda-feira, 6 de julho de 2015

Descomprometidamente amiga


Este tem sido um ano extremamente reflexivo, temos tanto a aprender connosco sobre nós mesmos e são tantas as vezes que nos esquecemos disso...


Agarrada à fita de finalista que a minha afilhada de curso me escreveu, senti a mais pura das amizades, uma amizade desprendida, uma amizade sempre presente ainda que não sejam muitas as vezes que nos vi-mos...


E percebi que eu sou assim, uma amiga descomprometida. Adoro a serendipidade, os encontros por mero acaso. Estas relações alicerçadas e criadas por pura amizade, que nascem e crescem sem compromissos, sem insistências, sem forçar presenças... Amizades presentes nos bons e maus momentos, sem dependências ou troca-por-troca. 

Amizades assim resistem ao tempo e à distância...  nenhum puxa para seu lado, mas, por sorte, dá-se o mero a caso e lá estamos juntos outra vez :)

Não sei se é defeito ou qualidade, mas certamente é feitio. 


terça-feira, 30 de junho de 2015

Os últimos tempos

... de desaparecida.

Foram dias intensos, cansativos, trabalhosos... mas no final foi um mês e meio de tanta coisa boa!

Aqui fica um resumo ;)




sábado, 9 de maio de 2015

Os "meus" bebés

Sou daquelas pessoas que se derrete toda ao ver um bebé... Seja em que sítio for, se há um bebé lá estou eu a comentar como é fofo, a fazer-lhe caretas ou a admirá-lo.
Ontem num destes momentos, enquanto via um bebé lindo lindo num carrinho enquanto passeava pelo centro comercial, reparei nos papás do pequeno, e...^

"Ownnnn *.* Eu vi esta fofura nascer, e fui eu que vesti a primeira roupinha, e dei o primeiro banhinho, e as primeiras picas..."



Ricos estágios de enfermagem que me permitem estas delicias ^^



terça-feira, 5 de maio de 2015

Agora nós


Podem dizer que estes programas da manhã são para acompanhar os velhotes (eu própria tenho muitas vezes essa opinião). 

No entanto, hoje a televisão acabou por ficar na RTP1, e fiquei a sentir uma paz de espírito gigantesca ao ver a ajuda que estes programas de televisão podem dar a famílias como esta:


Hoje já fico de coração quentinho :) 


quinta-feira, 23 de abril de 2015

Dos novos metros...

... que me levam a descobrir que o meu namorado tem uma falha.




E é assim (tentativa de reescrever o que se passou em vários meses, podem não estar as palavras exatas mas a ideia penso que é bem clara):

Dia 1:
Príncipe (P) - Amor, já viste os metros novos?! Agora o varão tem três coisinhas já ninguém se encosta!
Eu - Três? Ainda não vi!
P - sim, e as cadeiras são todas encostadas!

Dia 2:
Eu - Amor, já vi os metros novos. E as pessoas encostam-se na mesma! Não gosto dos bancos escorregam...
P - Metros novos? Que metros?
Eu - Aqueles que me falaste da outra vez. Os que são (descrição do metro).
P - Eu nunca vi isso, amor.
Eu - (pensei que estava maluca ou que tinha trocado conversas e calei-me)



Dia 3:
P - Já sei quais são os metros, nunca tinha visto. Tens razão escorregam.
Eu - Mesmo! (e achei que estava confirmada a minha aselhice)

Dia 4:
Eu - Estou aqui estou no chão, raio dos metros novos!
P - quais metros novos?
Eu - (descrição dos metros)
P - Oh, nunca vi! 
Eu - Estás a gozar comigo!
P - Juro-te que não (e não estava a mentir, já sei bem quando é mentira xb)
Eu - (fiquei parva com o esquecimento dele)



Dia 5 (hoje):
P - Amor, já viste os novos metros? (descrição do metro)
Eu - (risos) Não vou ter outra vez esta conversa contigo!
P - O quê mas já falámos disto?
Eu - Oh meu Deus, só podes estar a gozar comigo.
(descrevi toda esta situação que vos conto agora e ele jura que não se lembra de nenhuma das conversas, e garante que nunca tinha visto o metro).


Ps: certifiquei-me de que de todas as vezes estávamos a falar exatamente do mesmo metro!


VIVA A AMIZADE!



A amizade é o ingrediente mais importante na receita da vida!

Amo os meus amigos <3


segunda-feira, 20 de abril de 2015

A forma como nos vemos

Este tem sido um assunto no qual tenho pensado muito.

Desde pequena que tenho mantido um pensamento "as raparigas que achamos mais bonitas são aquelas que parecem mais convencidas da sua beleza"...

Das situações que tenho vivido nestes últimos tempos, parece-me que cheguei a uma conclusão, só não sei ainda se é uma conclusão acertada, mas isso o tempo dirá.






VS



Com estas duas imagens rapidamente mostro a minha ideia...
No início de qualquer relação, conheço uma pessoa nova, observo a sua aparência física e aquilo que aparenta ser no seu intimo. Com o tempo, é que vou conhecendo melhor aquilo que a pessoa pensa ser e percebi que, na maioria das vezes, não corresponde em nada ao que foi a minha primeira impressão e todas aquelas que se seguiram.

De facto, de uma maneira ou de outra nós valorizamos nos outros ou achamos mais bonito neles aquilo que eles nos mostram, seja consciente ou inconscientemente.
Acaba por ser engraçado ver que no final a pessoa só acredita ser o que os outros dizem que ela é quando ela mesma acredita nisso. E o inverso também acontece, os outros acabam por ver em nós aquilo que nós lhe mostra-mos.

Antes mesmo de ter pensado sobre isto, eu reconheci em mim uma enorme relação entre os meus sentimentos e a minha aparência no espelho... afinal os espelhos também captam sentimentos e emoções (deve ser por isso que em alguns dias certas fotografias nossas são maravilhosas e vão diretas para o facebook e nos dias seguintes pensamos "o que é que me deu para por isto aqui?! Estou tão feia!"). 


O meu "truque" para os momentos em que me sinto deprimida e com a auto-estima em baixo? Olhar-me no espelho, tentar procurar no reflexo aquilo que os outros estão a ver em mim naquele momento... Depois, basta ajustar a imagem para a forma como eu gostava que ela fosse e, num passo de magia, o mundo torna-se mais leve, as pessoas mais simpáticas, o trabalho menos difícil, o dia mais animado :)


Because I'm HAPPY ^^


Há momentos em que compreendemos que aquilo que nos parece  perfeito, mais não era do que uma ilusão criada e mantida por nós (baseada em ideias que às vezes não são nossas), para nos mantermos no caminho que vai mais a direito.

Percebi que apesar de esse caminho ser aquele que se aparenta mais "fácil", percorrê-lo pode fazer-nos perder muitas oportunidades, e a principal delas - a oportunidade de ser feliz. Alcançaria o objetivo, mas a troco de quê?

Aprendi que se a ideia é ser feliz, tenho de começar agora! O pensamento "tenho de fazer isto para ser feliz depois" tem de deixar de ser válido, porque o amanhã rapidamente se torna em hoje e perdemos continuamente a oportunidade de ser felizes...


Ás vezes faz-nos bem fazer o pino, e olhar as coisas de outro prisma, talvez o caminho mais sinuoso se transforme no nosso caminho, aquele que nos traz felicidade ^^


sábado, 18 de abril de 2015

LIFE STARTS NOW



Hoje foi um dia de sentimentos...

Mas a verdade é esta... ás vezes é preciso pular do precipício ^^


sábado, 11 de abril de 2015

Shhh



Mas acho que é isso que a depressão faz ... Ela é tão ciumenta que nos quer só para ela. 
Então faz questão de se mostrar sempre, como se segredasse "não te esqueças de me apresentar".



sexta-feira, 10 de abril de 2015

Pentatonix



Ontem foi noite de concerto! 


E que concerto ^^




    • O príncipe foi comigo, por si só já prometia um fim de dia maravilhoso
    • Os momentos de espera não foram nada secantes (se bem que com o príncipe também nada o é - não é que o rapaz se afirmou fluente em várias línguas [português, inglês, japonês, italiano, francês e até alemão], das quais não pesca quase nada da maioria, e ao fim de algum tempo uma rapariga chinesa veio falar com ele para tentar perceber porque estava ali uma fila tão grande de pessoas (conversa toda em português) e ele sai-se com um: vês amor?! Até chinês falo! - escusado será dizer que com tanta gente junta se vão ouvindo as conversas e meia fila se desatou a rir)
    • A voz daquelas 5 maravilhas pessoas surpreendeu-me, eu fui a um concerto porque achava maravilhoso o que eles faziam, mas nunca na vida pensei que pudessem ser ainda melhores do que eu já achava. O Mitch com uma voz assombrosa, o Avi que fazia tremer o chão de todo o Coliseu, o Kevin que proporcionou um dos melhores momentos da noite com beatbox + violoncelo (com o seu Julie-O), a doçura (e sensualidade segundo o príncipe) da voz da Kirstie, e a beleza de voz e simpatia do Scott [confesso que só decorei o nome deles ontem :$]
    • Direito a estar perto deles, quando saíram do palco e ouvir dizer que adoraram o público português, por entre vários "amo-vos" com sotaque americano :)
    • A maravilha que foi realmente o público, que em uníssono cantou "On my Way Home" para chamar os PTX de volta ao palco *.*


    Só há duas coisas que me deixam com pena: já ter sido e não poder partilhar convosco os momentos reais. Mas certamente haverá mais, e nessa altura espero encontrar-vos por lá ;)


    Entretanto - https://www.youtube.com/channel/UCmv1CLT6ZcFdTJMHxaR9XeA



    quarta-feira, 8 de abril de 2015

    Finalista


    Pensar que sou finalista de um curso, ou melhor, que este é o ano previsto para acabar o curso, desperta em mim um sentimento de pequenês enorme.

    Lembro-me de no 2º ano fazer estágio com colegas do 4º ano e pensar neles como quase donos do conhecimento... Hoje compreendo que estava iludida se pensava que ía acabar o curso a saber sequer metade do que é aquilo que será a minha profissão.

    Sinto-me tão pequenina, precisava agora de aulas de farmacologia, de aulas de anatomia e de patologia. É agora que sinto que preciso do acompanhamento de alguém que me ensine estas coisas... Por favor, não suponham que eu sei tudo, quando na verdade sinto que sei tão pouco, é agora senhores enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, assistentes operacionais, farmacêuticos (e todos os outros) que eu preciso de vocês... Preciso que me ensinem, que me esclareçam as dúvidas, que não esperem de mim apenas vontade de aprender mais e mais e não que saiba logo o que me foi dito ou me é pedido, que compreendam que posso demorar algum tempo até assimilar certas temáticas, que as pesquisas autónomas me deixam com dúvidas que preciso de validar, e que eu apenas quero aprender.

    Não me avaliem pelo que sei agora, mas pelo percurso que me comprometo a fazer para no final saber um pouco mais!

    Obrigada!

    segunda-feira, 6 de abril de 2015







    Eu não quero ter medo, eu quero acordar sentindo-me bonita hoje e saber que estou bem, porque todos são perfeitos de formas diferentes, então eu só quero acreditar em mim!

    Demi Lovato

    sexta-feira, 3 de abril de 2015

    Bichos da seda

    Os meus bichinhos já estão a ficar grandes e são imensooooos!


    Está na altura de começar a procurar novas casas para eles... Alguém quer? Ou conhece quem queira?





    quinta-feira, 2 de abril de 2015

    Cinema

    Hoje foi dia de cinema. Já me fazia tanta falta!

    Devo confessar que hoje foi o dia em que percebi que ir ao cinema em dias de estreia não é muito boa ideia, nem imaginam a fila gigantesca por causa do "Velocidade Furiosa"...

    Mas como não o fui ver, até que não foi tão caótico assim.

    Filme escolhido - "Insurgente"

    Breve opinião - gostei mais do que do "Divergente", mas a construção das cenas tornava o desenrolar muito esperado e contava com alguns erros e cenas "mesmo à filme".

    Mas o que queria mesmo com este post era um pedido de opinião...






    Sou "doida" por cinema, e por isso comecei há algum tempo a fazer a milha coleção de bilhetes de cinema.





    Hoje decidi que está na altura de a organizar e arrumar de forma bonitinha, mas preciso de ideias.
    Alguém tem sugestões?








    sábado, 28 de março de 2015

    Há dias assim...


    ... Em que perco o rumo. Não consigo atribuir qualquer sentido aos momentos que tenho vivido. As coisas não correm bem e não sei como fazer para melhorar...

    O caminho torna-se uma escolha sem um objetivo final. E tudo porque este "mundo" por vezes nos obriga a contentar os outros antes de a nós mesmos, e não nos permite juntar as duas coisas.

    Hoje não é dia...

    quinta-feira, 26 de março de 2015

    Metaforicamente falando

    O meu nome é Filipa, vim para este país por opção própria quando foi indicado a todos os jovens que procurassem uma actividade na sociedade para fazer.

    Escolhi esta, acompanhar pessoas que procuram fugir da daqui depois de terem visto a sua situação de vida ameaçada. A minha função seria ajudá-las e dar-lhes a conhecer os recursos necessários para conseguirem escapar, para isso tive algum treino, frequentei aulas e estive alguns meses em campos de treino... Escolhi esta tarefa porque me sinto realmente bem ajudando os outros e, também, porque tenho muito que aprender com outras pessoas e vi nesta atividade e neste país uma ótima oportunidade para dar o que já sei e aprender outras coisas, e dessa forma desenvolver as minhas capacidades para fazer cada vez mais e melhor.

    Cheguei há uma semana, vinha cheia de receio de não me adaptar, atribuíram-me um chefe que me explicou por alto o funcionamento das coisas e aos poucos fui fazendo aquilo que, com base nas minhas experiências e conhecimentos anteriores, melhor sabia. Não estava a ser nada fácil, porque muitas das coisas são muito diferentes do que aprendi, por aqui.

    Ontem, mandaram-me na minha primeira missão, o meu chefe, partindo do principio que me tinha sido dito tudo em aulas, encaminhou-me para o avião e despediu-se de mim. Senti-me meio perdida enquanto o avião subia e o meu coração falhava uma batida sempre que me queria relembrar de alguma coisa que não me vinha à memória ou quando começava a imaginar situações que sentia não ser capaz de ultrapassar sozinha. Tudo o que tinha aprendido até ali parecia tão pequenino quando olhava lá para baixo e me afastava de tudo o que conhecia... a cabeça andava às rodas, só conseguia imaginar maus cenários e procurava mentalmente respostas para eles. Ao fim de algum tempo adormeci.

    A viagem foi longa. Acordei com um barulho ensurdecedor, o avião estava a fazer-se à pista. Estava no meio de uma zona árida, era aí que começaria a primeira missão. Remexi nos bolsos para me certificar de que tinha tudo comigo, a lista onde tinha os meus memorandos, a caneta, o bloco... Certa de que me faltaria qualquer coisa, nestas coisas falta sempre, não somos donos do conhecimento por mais que estudemos e pratiquemos, sozinhos não somos ninguém...

    Passaram-me uma espingarda para as mãos... Assustei-me, para que era aquilo?!
    Deve ter transparecido na minha cara o medo e a preocupação, já entrando para o avião o responsável sorriu e disse: "Não te preocupes, é só para defesa caso necessites, a zona é muito deserta."
    "Mas eu não sei como é que isto funciona!" gritei... Mas já ninguém me ouviu.

    Fiquei sem saber o que fazer com aquela coisa, não avistava ninguém, não me fora dito para que lado seguir. Assustada de morte sentei-me no meio do nada, perdi-me no tempo... Esperei, não sei pelo quê, nem se essa coisa chegaria, estava completamente perdida. As lágrimas começavam a formar-se nos meus olhos. Ao fundo avistei uma figura, esfreguei os olhos para me certificar de que vinha lá alguém.

    Era uma pessoa, que alívio! Mas, entrei novamente em pânico quando na minha memória ressoaram as palavras "É só para defesa caso necessites". Atabalhoadamente peguei na espingarda, certa de que se fosse preciso não a saberia usar, de pouco me valeria, mas não sabia mais o que fazer.

    A figura aproximou-se, era uma mulher, ergueu as mãos e chamou pelo meu nome. Suspirei de alivio e deixei-me cair por terra.

    Não me lembro do caminho que fiz até aqui. Estou agora junto de uma tribo, na companhia de pessoas experientes nesta missão... Amanhã vou começar tudo de novo, vou recomeçar o meu papel aqui, a ajudar estas pessoas, a dar e a aprender.

    Só mantenho o medo de me ver novamente perdida. Sinto, e sei que é da minha cabeça, os olhos deles postos em mim como quem reprova a minha atitude, sinto que no momento, ainda que não tendo forma nenhuma de saber como agir, devia ter sabido fazê-lo... Espero não desiludir ninguém, não queria ser mandada mais cedo para casa...



    sexta-feira, 20 de março de 2015

    Os meus bebés...

    vieram antes do tempo, ainda não há nem uma folha nas amoreiras.

    Felizmente os pequenitos têm-se contentado com umas folhinhas de alface 
    e crescem a olhos vistos *.*


    Até sempre, minha Bi!

    Ontem a minha bi partiu ...

    desejo que no Ceú, encontres todos os passarinhos coloridos que vias na tv
     e a tua capoeira cheia de pinguins.




    terça-feira, 17 de março de 2015

    "É o meu primeiro dia"

    A minha reflexão do dia de hoje começou no McDonald's ao almoço.

    Uma rapariga, bastante simpática, atendeu-me, no entanto "decidi" fazer um pedido complicado para quem trabalha à pouco tempo naquele local e a rapariga acabou por ficar um pouco atrapalhada. No meio de um sorriso e da força de vontade em atender-me da melhor forma (pelo menos foi o que senti), deixou sair um "É o meu primeiro dia, desculpe".

    Simpatizei com ela e com aquele momento, e no final fiquei bastante contente com o atendimento, perante um desafio ela agiu da melhor forma e fez o melhor que pode.

    Pensei logo em como os primeiros dias num sitio novo podem ser complicados, principalmente quando estamos a trabalhar directamente com e para pessoas tão distintas. A relação com os outros é de facto um mundo, e do outro lado pode vir qualquer coisa... Nunca sabemos o quê. Para mim aquela rapariga demonstrou uma simpatia e uma humildade tais que se fosse eu a empregadora a mantinha sempre a trabalhar comigo, o processo de aprendizagem vivido desta forma é um acto que me fascina e ao qual dou imenso valor.

    Mais tarde, durante uma aula de Orientação Tutorial falámos também na importância da relação e da comunicação. E foi assim que uma frase que guardei à pouco tempo no meu ambiente de trabalho ganhou todo um novo sentido:

    É tão importante reconhecer o outro!