Se fosse repor as horas de sono entrava em coma...
segunda-feira, 30 de março de 2015
sábado, 28 de março de 2015
Há dias assim...
... Em que perco o rumo. Não consigo atribuir qualquer sentido aos momentos que tenho vivido. As coisas não correm bem e não sei como fazer para melhorar...
O caminho torna-se uma escolha sem um objetivo final. E tudo porque este "mundo" por vezes nos obriga a contentar os outros antes de a nós mesmos, e não nos permite juntar as duas coisas.
Hoje não é dia...
O caminho torna-se uma escolha sem um objetivo final. E tudo porque este "mundo" por vezes nos obriga a contentar os outros antes de a nós mesmos, e não nos permite juntar as duas coisas.
Hoje não é dia...
quinta-feira, 26 de março de 2015
Metaforicamente falando
O meu nome é Filipa, vim para este país por opção própria quando foi indicado a todos os jovens que procurassem uma actividade na sociedade para fazer.
Escolhi esta, acompanhar pessoas que procuram fugir da daqui depois de terem visto a sua situação de vida ameaçada. A minha função seria ajudá-las e dar-lhes a conhecer os recursos necessários para conseguirem escapar, para isso tive algum treino, frequentei aulas e estive alguns meses em campos de treino... Escolhi esta tarefa porque me sinto realmente bem ajudando os outros e, também, porque tenho muito que aprender com outras pessoas e vi nesta atividade e neste país uma ótima oportunidade para dar o que já sei e aprender outras coisas, e dessa forma desenvolver as minhas capacidades para fazer cada vez mais e melhor.
Cheguei há uma semana, vinha cheia de receio de não me adaptar, atribuíram-me um chefe que me explicou por alto o funcionamento das coisas e aos poucos fui fazendo aquilo que, com base nas minhas experiências e conhecimentos anteriores, melhor sabia. Não estava a ser nada fácil, porque muitas das coisas são muito diferentes do que aprendi, por aqui.
Ontem, mandaram-me na minha primeira missão, o meu chefe, partindo do principio que me tinha sido dito tudo em aulas, encaminhou-me para o avião e despediu-se de mim. Senti-me meio perdida enquanto o avião subia e o meu coração falhava uma batida sempre que me queria relembrar de alguma coisa que não me vinha à memória ou quando começava a imaginar situações que sentia não ser capaz de ultrapassar sozinha. Tudo o que tinha aprendido até ali parecia tão pequenino quando olhava lá para baixo e me afastava de tudo o que conhecia... a cabeça andava às rodas, só conseguia imaginar maus cenários e procurava mentalmente respostas para eles. Ao fim de algum tempo adormeci.
A viagem foi longa. Acordei com um barulho ensurdecedor, o avião estava a fazer-se à pista. Estava no meio de uma zona árida, era aí que começaria a primeira missão. Remexi nos bolsos para me certificar de que tinha tudo comigo, a lista onde tinha os meus memorandos, a caneta, o bloco... Certa de que me faltaria qualquer coisa, nestas coisas falta sempre, não somos donos do conhecimento por mais que estudemos e pratiquemos, sozinhos não somos ninguém...
Cheguei há uma semana, vinha cheia de receio de não me adaptar, atribuíram-me um chefe que me explicou por alto o funcionamento das coisas e aos poucos fui fazendo aquilo que, com base nas minhas experiências e conhecimentos anteriores, melhor sabia. Não estava a ser nada fácil, porque muitas das coisas são muito diferentes do que aprendi, por aqui.
Ontem, mandaram-me na minha primeira missão, o meu chefe, partindo do principio que me tinha sido dito tudo em aulas, encaminhou-me para o avião e despediu-se de mim. Senti-me meio perdida enquanto o avião subia e o meu coração falhava uma batida sempre que me queria relembrar de alguma coisa que não me vinha à memória ou quando começava a imaginar situações que sentia não ser capaz de ultrapassar sozinha. Tudo o que tinha aprendido até ali parecia tão pequenino quando olhava lá para baixo e me afastava de tudo o que conhecia... a cabeça andava às rodas, só conseguia imaginar maus cenários e procurava mentalmente respostas para eles. Ao fim de algum tempo adormeci.
A viagem foi longa. Acordei com um barulho ensurdecedor, o avião estava a fazer-se à pista. Estava no meio de uma zona árida, era aí que começaria a primeira missão. Remexi nos bolsos para me certificar de que tinha tudo comigo, a lista onde tinha os meus memorandos, a caneta, o bloco... Certa de que me faltaria qualquer coisa, nestas coisas falta sempre, não somos donos do conhecimento por mais que estudemos e pratiquemos, sozinhos não somos ninguém...
Passaram-me uma espingarda para as mãos... Assustei-me, para que era aquilo?!
Deve ter transparecido na minha cara o medo e a preocupação, já entrando para o avião o responsável sorriu e disse: "Não te preocupes, é só para defesa caso necessites, a zona é muito deserta."
"Mas eu não sei como é que isto funciona!" gritei... Mas já ninguém me ouviu.
Fiquei sem saber o que fazer com aquela coisa, não avistava ninguém, não me fora dito para que lado seguir. Assustada de morte sentei-me no meio do nada, perdi-me no tempo... Esperei, não sei pelo quê, nem se essa coisa chegaria, estava completamente perdida. As lágrimas começavam a formar-se nos meus olhos. Ao fundo avistei uma figura, esfreguei os olhos para me certificar de que vinha lá alguém.
Era uma pessoa, que alívio! Mas, entrei novamente em pânico quando na minha memória ressoaram as palavras "É só para defesa caso necessites". Atabalhoadamente peguei na espingarda, certa de que se fosse preciso não a saberia usar, de pouco me valeria, mas não sabia mais o que fazer.
A figura aproximou-se, era uma mulher, ergueu as mãos e chamou pelo meu nome. Suspirei de alivio e deixei-me cair por terra.
Não me lembro do caminho que fiz até aqui. Estou agora junto de uma tribo, na companhia de pessoas experientes nesta missão... Amanhã vou começar tudo de novo, vou recomeçar o meu papel aqui, a ajudar estas pessoas, a dar e a aprender.
Só mantenho o medo de me ver novamente perdida. Sinto, e sei que é da minha cabeça, os olhos deles postos em mim como quem reprova a minha atitude, sinto que no momento, ainda que não tendo forma nenhuma de saber como agir, devia ter sabido fazê-lo... Espero não desiludir ninguém, não queria ser mandada mais cedo para casa...
Deve ter transparecido na minha cara o medo e a preocupação, já entrando para o avião o responsável sorriu e disse: "Não te preocupes, é só para defesa caso necessites, a zona é muito deserta."
"Mas eu não sei como é que isto funciona!" gritei... Mas já ninguém me ouviu.
Fiquei sem saber o que fazer com aquela coisa, não avistava ninguém, não me fora dito para que lado seguir. Assustada de morte sentei-me no meio do nada, perdi-me no tempo... Esperei, não sei pelo quê, nem se essa coisa chegaria, estava completamente perdida. As lágrimas começavam a formar-se nos meus olhos. Ao fundo avistei uma figura, esfreguei os olhos para me certificar de que vinha lá alguém.
Era uma pessoa, que alívio! Mas, entrei novamente em pânico quando na minha memória ressoaram as palavras "É só para defesa caso necessites". Atabalhoadamente peguei na espingarda, certa de que se fosse preciso não a saberia usar, de pouco me valeria, mas não sabia mais o que fazer.
A figura aproximou-se, era uma mulher, ergueu as mãos e chamou pelo meu nome. Suspirei de alivio e deixei-me cair por terra.
Não me lembro do caminho que fiz até aqui. Estou agora junto de uma tribo, na companhia de pessoas experientes nesta missão... Amanhã vou começar tudo de novo, vou recomeçar o meu papel aqui, a ajudar estas pessoas, a dar e a aprender.
Só mantenho o medo de me ver novamente perdida. Sinto, e sei que é da minha cabeça, os olhos deles postos em mim como quem reprova a minha atitude, sinto que no momento, ainda que não tendo forma nenhuma de saber como agir, devia ter sabido fazê-lo... Espero não desiludir ninguém, não queria ser mandada mais cedo para casa...
sexta-feira, 20 de março de 2015
Os meus bebés...
vieram antes do tempo, ainda não há nem uma folha nas amoreiras.
Felizmente os pequenitos têm-se contentado com umas folhinhas de alface
e crescem a olhos vistos *.*
Até sempre, minha Bi!
Ontem a minha bi partiu ...
desejo que no Ceú, encontres todos os passarinhos coloridos que vias na tv
desejo que no Ceú, encontres todos os passarinhos coloridos que vias na tv
e a tua capoeira cheia de pinguins.
quarta-feira, 18 de março de 2015
terça-feira, 17 de março de 2015
"É o meu primeiro dia"
A minha reflexão do dia de hoje começou no McDonald's ao almoço.
Uma rapariga, bastante simpática, atendeu-me, no entanto "decidi" fazer um pedido complicado para quem trabalha à pouco tempo naquele local e a rapariga acabou por ficar um pouco atrapalhada. No meio de um sorriso e da força de vontade em atender-me da melhor forma (pelo menos foi o que senti), deixou sair um "É o meu primeiro dia, desculpe".
Simpatizei com ela e com aquele momento, e no final fiquei bastante contente com o atendimento, perante um desafio ela agiu da melhor forma e fez o melhor que pode.
Pensei logo em como os primeiros dias num sitio novo podem ser complicados, principalmente quando estamos a trabalhar directamente com e para pessoas tão distintas. A relação com os outros é de facto um mundo, e do outro lado pode vir qualquer coisa... Nunca sabemos o quê. Para mim aquela rapariga demonstrou uma simpatia e uma humildade tais que se fosse eu a empregadora a mantinha sempre a trabalhar comigo, o processo de aprendizagem vivido desta forma é um acto que me fascina e ao qual dou imenso valor.
Mais tarde, durante uma aula de Orientação Tutorial falámos também na importância da relação e da comunicação. E foi assim que uma frase que guardei à pouco tempo no meu ambiente de trabalho ganhou todo um novo sentido:
Uma rapariga, bastante simpática, atendeu-me, no entanto "decidi" fazer um pedido complicado para quem trabalha à pouco tempo naquele local e a rapariga acabou por ficar um pouco atrapalhada. No meio de um sorriso e da força de vontade em atender-me da melhor forma (pelo menos foi o que senti), deixou sair um "É o meu primeiro dia, desculpe".
Simpatizei com ela e com aquele momento, e no final fiquei bastante contente com o atendimento, perante um desafio ela agiu da melhor forma e fez o melhor que pode.
Pensei logo em como os primeiros dias num sitio novo podem ser complicados, principalmente quando estamos a trabalhar directamente com e para pessoas tão distintas. A relação com os outros é de facto um mundo, e do outro lado pode vir qualquer coisa... Nunca sabemos o quê. Para mim aquela rapariga demonstrou uma simpatia e uma humildade tais que se fosse eu a empregadora a mantinha sempre a trabalhar comigo, o processo de aprendizagem vivido desta forma é um acto que me fascina e ao qual dou imenso valor.
Mais tarde, durante uma aula de Orientação Tutorial falámos também na importância da relação e da comunicação. E foi assim que uma frase que guardei à pouco tempo no meu ambiente de trabalho ganhou todo um novo sentido:
É tão importante reconhecer o outro!
segunda-feira, 16 de março de 2015
Ideias das 22h
Eu sou daquelas pessoas que a partir de uma certa hora da noite só tem ideias parvas.
Hoje tive a brilhante ideia de pensar em como seria se existisse um casal sósia de mim e do príncipe. E como seria que nos podiam distinguir? O que é que há entre nós que seja sempre característico?
E a brilhante conclusão foi:
Procurem o casal em que a rapariga está à direita.
Eu e o príncipe temos este hábito tonto de que eu fico sempre à direita, ficar à esquerda nem sequer dá jeito... Caminhamos comigo à direita, senta-mo-nos comigo à direita (para estudar, para lazer e para refeições), e deito-me sempre à direita.
A única altura em que isto não acontece é no meu sofá, porque o espaço que dá para elevar as pernas fica à esquerda :P
sábado, 14 de março de 2015
Genéricos - Há diferença?
Segundo o INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde I.P.), genéricos "são medicamentos com a mesma substância ativa, forma farmacêutica e dosagem do medicamento de referência". Ou seja, tomar um medicamento de marca ou um genérico tem o mesmo efeito terapêutico.
Mas há diferença sim, e normalmente não é pequena - o preço.
A investigação e desenvolvimento de um medicamento é um processo que demora muito tempo e é muito dispendioso. Depois de fabricado, para que as empresas possam rentabilizar o investimento, elas usufruem de algum tempo (entre 6 a 10 anos) em que só elas podem comercializar a sua invenção.
Após este período, outras empresas podem começar a produzir e vender produtos similares mas que garantam as mesmas condições - o medicamentos genéricos. Estas empresas por não terem gastos com a investigação e desenvolvimento, não incorporam o valor destes no preço final do medicamento. Para além disso, a legislação impõe que os genéricos tenham de ser 35% (em alguns casos 20%) mais baratos do que o medicamento original. Resultando assim em preços muito menores.
Ainda assim, há casos, em que se sentem diferenças com o medicamento genérico, isto prende-se com o facto de os medicamentos genéricos poderem diferir do medicamento de referência em termos dos excipientes presentes nas suas formulações, ou seja, as substâncias que existem nos medicamentos que completam a massa ou volume especificado podem não ser iguais.
Por isso, na hora da escolha, tenham bem em atenção estas importantes diferenças ;)
sexta-feira, 13 de março de 2015
Finalmente, tenho tempo...
Infelizmente isso faz-me sentir preguiçosa :$
Ser estudante/aluna de enfermagem (e ser enfermeira) é um prazer que exige muito tempo, muito estudo, muito esforço, muita dedicação. Tudo isto para garantir que conseguimos apoiar quem necessita da melhor forma possível.
A tarefa este semestre não tem sido fácil, há muita coisa por aprender e, ao fim de muitos dias de trabalho, o cansaço acumula e a vontade de não pegar em mais trabalho faz-se sentir. Mas a verdade é que a vida é feita de momentos menos bons que antecedem os muito bons, de outra forma os últimos não seriam sentidos dessa forma.
A tarefa este semestre não tem sido fácil, há muita coisa por aprender e, ao fim de muitos dias de trabalho, o cansaço acumula e a vontade de não pegar em mais trabalho faz-se sentir. Mas a verdade é que a vida é feita de momentos menos bons que antecedem os muito bons, de outra forma os últimos não seriam sentidos dessa forma.
quinta-feira, 5 de março de 2015
Planos falhados
Sou uma pessoa muito ligada a planos, cronogramas, agendas e afins... Não me sinto bem se não tiver esta organização pessoal.
Acontece que esta semana decidiram pôr-me à prova, só pode...
Já passei de planos A's para B's, de B's para C's e aparentemente vai continuar.
Tenham lá pena de mim que estou a ficar sem grafite para riscar tanta coisa da agenda.
Acontece que esta semana decidiram pôr-me à prova, só pode...
Já passei de planos A's para B's, de B's para C's e aparentemente vai continuar.
Tenham lá pena de mim que estou a ficar sem grafite para riscar tanta coisa da agenda.
quarta-feira, 4 de março de 2015
Fim de Tarde
Há dias em que são precisas estas pequenas fugas daquilo que é o tumulto do dia-a-dia, tentar apagar por momentos as coisas que vão menos bem e ganhar capacidade para olhar as coisas de uma forma mais bonita.
E não há nada melhor do que um fim de tarde à beira rio, um bom livro, e
E não há nada melhor do que um fim de tarde à beira rio, um bom livro, e
segunda-feira, 2 de março de 2015
Último estágio
Ser o último não significa que não deixe de me preocupar, aliás até me preocupo mais por isso mesmo, quero que corra bem e quero conclui-lo com sucesso.
Mas aquilo que me deixa realmente "danada" com esta altura de início de estágio é quando à minha ansiedade e preocupações naturais frente ao desconhecido, se juntam os comentários de colegas que me causam algum stress, entro num mundo de "e se's" de onde só costumo sair quando o estágio está quase a acabar e eu finalmente acredito que todos os maus "se's" não se vão concretizar.
Neste estágio adorava não ser invadida por essa sensação, que me leva a entrar num momento em que me defino segundo aquilo que faço... Não gosto de sentir que sou o meu curso, gosto de ter outras atividades para além dele, outras distrações, saídas sem estar preocupada com o estágio e dormir sem estar preocupada com a hora de acordar porque tenho que ir estudar :$
Neste estágio adorava não ser invadida por essa sensação, que me leva a entrar num momento em que me defino segundo aquilo que faço... Não gosto de sentir que sou o meu curso, gosto de ter outras atividades para além dele, outras distrações, saídas sem estar preocupada com o estágio e dormir sem estar preocupada com a hora de acordar porque tenho que ir estudar :$
Espero que nestes próximos 4 meses seja capaz de contrariar todos esses sentimentos...
domingo, 1 de março de 2015
Minha futura profissão
São estas as palavras que dão sentido à profissão que terei... São elas que me mostram que estou no caminho certo.
"Fazer enfermagem não é só dar
medicamentos ou aliviar o sofrimento físico; é muito mais. Fazer enfermagem
não é uma ideia, ou algo apenas imaginado, em que o outro não é sentido, sua
natureza não é percebida e suas experiências não são consideradas. Fazer
enfermagem é preocupar-se, é estar com o outro. É estar para ouvir,
ver, experimentar e conhecer. fazer enfermagem é cuidar do outro, é cuidar do
Eu."
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